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Bombeamento do Pinheiros para a Billings: poluição pode aumentar ainda mais. Foto: Luciano Vicioni | |
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Secretário de Gestão Ambiental se reunirá, no próximo dia 10, com governo para discutir assunto
O secretário de Gestão Ambiental de São Bernardo, Gilberto Marson, não se convenceu com a resposta da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado sobre a autorização dada à Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) para implantar mais três bombas no rio Pinheiros que deverão auxiliar na reversão das águas poluídas para a represa Billings, nos dias de fortes chuvas, de modo a evitar enchentes na Capital. O Estado havia se comprometido em dar explicações sobre a situação, após as cobranças que o município fez sobre o caso em 8 de fevereiro.
De acordo com Marson, o documento encaminhado explica que as bombas servirão apenas para aumentar a velocidade da água do rio Pinheiros para a Billings, sem aumentar a quantidade de água poluída despejada na represa. “Essa resposta não me convenceu. Agora quero saber que matemática é essa. Como é possível aumentar a velocidade, mas não o volume da água jogada na Billings?”, questionou o secretário. A próxima reunião entre o município e o Estado sobre o assunto está agendada para 10 de março.
A Secretaria de Saneamento Estadual ainda informou no documento enviado ao secretário que a medida aumentará a confiabilidade e disponibilidade do sistema, em caso de quebra ou indisponibilidade de alguma unidade. “O que ficou claro é que a solução é apenas para uma parte da Capital. Até porque São Bernardo produz 30% da água que abastece a Região Metropolitana. O que significa que não é um bom negócio poluir a Billings”, ressaltou.
Poluição - De acordo com Marson, se efetivada a implantação das novas bombas, sendo duas na Usina Elevatória de Traição e uma na Elevatória de Pedreira, o fluxo de bombeamento aumentará em mais de 200 m³ por segundo, o que ocasionará o consequente aumento da poluição na represa. “Com essas instalações, Traição passará de 395 m³ para 420 m³ por segundo e Pedreira de 280 m³ para 395 m³ no mesmo tempo”, esclareceu. A ação, a ser realizada até 2013, foi divulgada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) como uma das medidas para amenizar os alagamentos na Capital. De acordo com o governo, as bombas já foram encomendadas e custarão R$ 190 milhões aos cofres estaduais. |